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Balanço Semanal CNC — 17 a 20/04/2017

Por responsabilidade, CNC orienta renovação gradual do parque cafeeiro no Brasil e não ampliação da área destinada à cultura


RENOVAÇÃO DO PARQUE CAFEEIRO — Em seu mais recente relatório sobre o mercado, a Organização Internacional do Café (OIC) destacou o equilíbrio existente entre oferta e demanda mundiais, que se deu pela transferência dos estoques dos países produtores para os consumidores. “Apesar de uma safra escassa de conilon no Brasil e no Vietnã, o que manteve o mercado bem suprido no período de outubro de 2016 a fevereiro de 2017 foram os estoques mais alentados que no ano anterior nos países produtores e ao crescimento contínuo dos estoques nos países consumidores”.


A OIC completa informando que “esse panorama, combinado com perspectivas cada vez mais positivas para a safra 2017/18, indica que não haverá uma inversão do declínio gradual dos preços no mercado observado no presente momento”. Aliado a isso, temos notado, no Brasil, em pleno início da colheita de robusta e às vésperas dos trabalhos de cata do arábica, o crescimento da instalação de viveiros de mudas de café e a preparação do solo para novos plantios, fato extremamente preocupante, uma vez que vai na contramão das sinalizações do mercado mundial e acabará por ocasionar a expansão da área e o aumento desregrado da produção.


Como representante do setor produtor, o CNC mantém sua responsabilidade de orientar que a renovação do parque cafeeiro precisa e deve ser feita com sensatez e, de fato, com a revitalização das lavouras antigas em áreas já destinadas ao cultivo do fruto e não com a abertura de novas lavouras. Diante dessa preocupação e da consciência em não estimular excesso de oferta e aviltamento dos preços, estamos desenvolvendo um projeto de renovação do cinturão produtor que permita que nossas safras futuras atendam à crescente demanda, mas de maneira sustentável através do aumento da produtividade, que se dará por meio do plantio, em espaçamentos melhores, de novas variedades mais resistentes a pragas e doenças, mais produtivas e precoces, rendendo colheita a partir do segundo ano.


Os próximos passos desse projeto envolverão visitas a campo para contatos com nossas cooperativas e suas diretorias, de forma que identifiquemos as principais necessidades e as áreas que precisam de renovação de maneira mais pontual. Destacamos, ainda, que a renovação deve ser feita de forma escalonada, não ocasionando impactos substanciais nas safras e nos preços, que atualmente se encontram nos mesmos níveis praticados em 1982.




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