RÁDIO CNC – Produtor precisa de sustentabilidade econômica
Em seu Balanço Semanal de 5 de maio, o Conselho Nacional do Café ergueu a bandeira em defesa da justa remuneração aos produtores do País. O presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, criticou a postura dos compradores mundiais, que, ao exigirem as sustentabilidades ambiental e social na atividade, esquecem de fazer a sua parte no tripé, não pagando preços condizentes com os investimentos que os cafeicultores realizam para gerar milhões de empregos e preservar o meio ambiente no Brasil.
Segundo Brasileiro, os produtores brasileiros produzem com o máximo zelo à natureza no parque cafeeiro e geram milhões de empregos anualmente. Além disso, no Brasil, a cadeia produtiva é a principal empregadora do campo, com mais de 8 milhões pessoas envolvidas na atividade. Somos, conforme ele, completamente sustentáveis ambiental e socialmente e já passou da hora de sermos recompensados por nosso esmero com o trabalhador e com o meio ambiente.
O presidente do CNC anota que é necessário que os compradores mundiais não apenas cobrem o bom gerenciamento na produção, mas que paguem por isso, que reconheçam o trabalho pagando o devido valor pelo café brasileiro, o mais sustentável do mundo. De acordo com Brasileiro, a maioria dos países produtores possui legislações ambientais e trabalhistas muito menos rigorosas que as do Brasil, consequentemente tendo custos de produção inferiores. E, ainda assim, o valor que os compradores mundiais pagam pelo produto dos concorrentes é o mesmo que o pago pelo café nacional.
Ele recorda que o Brasil é líder mundial em café e o topo do ranking é mantido pelos cafeicultores brasileiros com intensos investimentos em tecnologia e pesquisa, que geram expressivos aumentos de produtividade sem ampliar a área destinada à produção. Aliado a isso, completa, o País tem os investimentos com responsabilidades ambientais e trabalhistas, o que, ano a ano, eleva os nossos custos de produção e extrai nossa competitividade.
Por fim, Silas Brasileiro cita que a continuidade desse cenário de falta de remuneração justa ao cafeicultor poderá impactar o equilíbrio entre oferta e demanda. Confira a íntegra no Rádio CNC.