BALANÇO SEMANAL CNC — 30/04 a 04/05/2018
CNC coordena reunião de entidades do Conselho do Agro que elaborarão posicionamento do setor e entregarão aos candidatos à Presidência
CONSELHO DO AGRO — O presidente do CNC, deputado Silas Brasileiro, coordenou a reunião do Conselho do Agro no dia 26 de abril, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As entidades que integram o fórum debateram o projeto de um documento, elaborado a partir de propostas e sugestões dos membros do Conselho, com base em levantamentos técnicos da Embrapa e da proposta de política agrícola do Ministério da Agricultura, para ser oportunamente encaminhado aos candidatos à Presidência da República como propostas do setor agro até 2030.
Entendemos que o documento que será apresentado se trata de um projeto pontual e importante para a formulação das políticas dos futuros candidatos, permitindo que as necessidades do agro brasileiro possam ser atendidas e contribuam para o seu crescimento de forma sustentável.
A CNA coordena com as demais entidades do agro a elaboração desse documento com embasamento técnico e científico para convencimento da importância do agro na política nacional, seja na geração de empregos ou no superávit da balança comercial, focando no que vamos produzir até 2030, diante dos desafios de como vamos escoar essa produção com a precariedade das estradas e a deficiência portuária, diante da burocracia existente, a conquista de novos mercados e a legislação trabalhista, ambiental e fiscal, sem uma revisão responsável que não penalize o setor.
Depois do debate sobre a minuta do documento, as instituições apresentaram suas considerações, as quais serão incluídas na versão final da proposta a ser entregue aos presidenciáveis. A previsão é que o conteúdo seja finalizado até junho.
Participando do encontro, o coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, sustentou que será criada uma visão conjuntural da atualidade e traçado um diagnóstico, com horizonte e metas, de forma que os temas inseridos serão as estratégias para alcançar os objetivos de longo prazo e de forma sustentável.
O presidente da CNA, João Martins, reafirmou que são necessárias garantias de financiamento e seguro agrícola para que o Brasil aumente sua produção de maneira sustentável e possua melhorias para o seu escoamento, contando com estrutura de defesa sanitária.
Por fim, recordamos que nossa intenção é apresentar a realidade do campo para que o Governo e a sociedade urbana compreendam a importância do agronegócio do Brasil e, para isso, essa proposta de projeto amplo será vital para fazer do País o campeão mundial da segurança alimentar até 2030.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – OFICINA EM FRANCA (SP)
Com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), através do *Movimento SomosCoop, o CNC realizou, na sexta-feira passada, 27 de abril, a última oficina regional do planejamento estratégico para a cafeicultura brasileira, em Franca, na Alta Mogiana de São Paulo, tendo como anfitriã a associada Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec).
Assim como nas etapas anteriores, a iniciativa teve o objetivo de aproximar os produtores cooperados da atuação da entidade e alcançar uma participação mais efetiva do setor cooperativo cafeeiro na formulação, execução e acompanhamento da política nacional e internacional.
Com as informações e demandas obtidas, as quais serão agregadas às apuradas nas demais regiões produtoras, a intenção é transformar o CNC em um centro estratégico de inteligência para a cafeicultura nacional, a partir do qual possamos desenvolver e executar políticas público-privadas para otimizar a sustentabilidade de nosso setor.
Hoje, 4 de maio, é realizada, na sede da Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Sistema OCEMG), em Belo Horizonte (MG), a primeira – serão quatro no total – Oficina de Trabalho do Planejamento Estratégico do CNC, com a participação de lideranças cooperativistas e das demais entidades que compõem o Conselho.
Nesse primeiro encontro nacional, serão tratados o processo do planejamento estratégico, a avaliação do contexto das informações compiladas nas oficinas regionais, voltadas a um diagnóstico do que é atualmente e aonde se pretende chegar com o CNC, além de dinâmicas mirando a visão de futuro, a identidade do Conselho e os desafios e prioridades dentro do procedimento. As próximas três reuniões serão realizadas em 25 de maio e nos dias 8 e 15 de junho.
* SomosCoop: o movimento levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil, despertando a consciência das pessoas para a sua importância e gerando orgulho naqueles que abraçam a causa cooperativista. Mais informações: http://somos.coop.br/.
CONSELHO DIRETOR — Após deliberação unânime do Conselho de Administração do Sistema OCB/ES, conforme comunicado encaminhado ao Conselho Nacional do Café na última sexta-feira, 27 de abril, o presidente do SICOOB CENTRAL ES, Bento Venturim, assume a titularidade do Conselho Diretor do CNC representando o Estado do Espírito Santo, tendo como suplente imediato o vice-presidente da Coopeavi, Denilson Potratz.
MERCADO — Os contratos futuros do café registraram recuperação no mercado internacional na semana, com a atenção voltada ao câmbio, ao andamento do clima no Brasil e ao posicionamento dos fundos de investimento, que devem estar reduzindo sua posição vendida.
Apesar do avanço de 2%, o dólar comercial perdeu força nos dias recentes, em meio à volatilidade após o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) pouco ter agido para mudar as expectativas para novos aumentos nas taxas de juros do país em 2018.
No Brasil, a divisa acompanhou o movimento externo e também perdeu força na comparação com as máximas, na quinta-feira, devido à intervenção do Banco Central frente à valorização recente. Ontem, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 3,5305.
Em relação ao clima no cinturão produtor brasileiro, a Somar Meteorologia informa que haverá alterações nos próximos dias na Região Sudeste. O serviço alerta que existe uma maior quantidade de nuvens no litoral, gerando condições para uma eventual ocorrência de chuva isolada. Entretanto, as temperaturas devem permanecer elevadas na maior parte das áreas.
No mercado físico, os preços acompanharam o ritmo internacional e também subiram com a maior demanda pela variedade arábica, fato que deixou os agentes mais ativos no spot, aumentando um pouco a liquidez.
Os indicadores para as variedades arábica e robusta calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) foram cotados a R$ 453,95/saca e a R$ 331,88/saca, respectivamente com altas de 3,4% e 1,4%.