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BALANÇO SEMANAL CNC - 02 a 06/07/2018

Semana: setor busca ampliar ‘coopetitividade’ na cafeicultura

Lideranças da produção entendem que cooperar e competir, simultaneamente, favorecerá crescimento da atividade cafeeira em meio à aceleração das mudanças

O Conselho Nacional do Café (CNC) concluiu, na última sexta-feira, 29 de junho, o seu planejamento estratégico, que foi embasado no resultado de oficinas realizadas nas regiões de atuação das cooperativas vinculadas à entidade, as quais geraram informações que foram compiladas e alinhadas por grupo técnico composto por representantes dos associados.


Entre os destaques do direcionamento que o CNC terá, está a aprovação de uma nova governança, que promoverá a participação mais efetiva das bases produtoras nas decisões e ações do Conselho, através da criação dos Comitês de “Tecnologia e Pesquisa”, “Estatística e Conhecimento”, “Sustentabilidade”, “Recursos” e “Comunicação”.


Segundo o coordenador da implantação do planejamento estratégico, José Marcos Magalhães, presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul), a visão de futuro do CNC será atuar por uma cafeicultura competitiva, sustentável e integrada e, para a atividade cafeeira, deseja-se trabalhar por um Brasil mais competitivo, sustentado por produtores rurais com raízes cooperativistas e visão empresarial. "Precisamos ser coopetitivos, cooperando e competindo simultaneamente, o que nos permitirá estar aptos a crescer com a aceleração das mudanças", explica.


O presidente do CNC, Silas Brasileiro, informa que os comitês serão compostos por líderes indicados por suas cooperativas e terão o papel de articular competências na rede, harmonizar e propor iniciativas de interesse do setor. “O colegiado terá atuação voltada a projetos com metas e acompanhamento, que serão reportados ao Conselho Diretor da entidade", completa.


Também foi indicada pelo planejamento estratégico a necessidade de implementação de diversificação e aumento da arrecadação e de competência de informação e conhecimento. "É necessário organizar melhor os dados e informações para garantir inteligência de mercado, assim como implantar tecnologia e gestão na cadeia para garantir eficiência e produtividade no setor", conclui o presidente.


Para a composição dos cinco comitês, serão consultados os conselheiros do CNC, que enviarão, em julho, sugestão de profissionais, com seus respectivos currículos, para os grupos que desejarem. Os trabalhos de planejamento e execução terão a assessora técnica do Conselho, Silvia Pizzol, como secretária executiva e começarão em agosto.


Os contratos futuros do café caíram nesta semana nos mercados internacionais, pressionados pela força do dólar, pelo avanço dos trabalhos de colheita no Brasil e, em menor proporção, pelo conflito comercial entre Estados Unidos e China.


As cotações devem acompanhar o desempenho de outras commodities após a China ter informado que adotou tarifas sobre produtos norte-americanos importados como forma de retaliação a tarifas impostas pelo governo de Donald Trump contra US$ 34 milhões em bens chineses.


Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2018 do contrato C declinou 595 pontos, negociado a US$ 1,0915 por libra-peso na quinta-feira. Na ICE Futures Europe, o contrato do café robusta com vencimento em setembro/2018 fechou o pregão de ontem a US$ 1.639 por tonelada, com depreciação de US$ 51.


O dólar comercial, que pressionou as cotações ao se fortalecer na comparação com o real, fechou a quinta-feira a R$ 3,9344, apresentando alta de 1,5% na semana. Analistas explicam que compras da moeda por importadores e investidores internacionais, para saída do Brasil, foram as responsáveis pelo movimento.


Em relação ao clima, o ar seco toma conta de toda a Região Sudeste e impede a formação de nuvens carregadas, contribuindo para a elevação da temperatura. Segundo a Somar Meteorologia, uma área de instabilidade provoca até temporais no Sul do País, mas apenas entre o norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não avançando para o cinturão cafeeiro do Paraná.


No Brasil, com o recuo dos preços internos, acompanhando o mercado internacional, os negócios permaneceram praticamente paralisados. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 441,79/saca e a R$ 337,67/saca, com variações de -2,1% e 0,1%, respectivamente.


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