top of page

BALANÇO SEMANAL CNC — 03 a 07/08/2020

Funcafé: liberação dos recursos na safra 2020 soma R$ 1,523 bilhão

Montante corresponde a 37,2% do total de R$ 4,095 bilhões contratados pelos agentes financeiros junto ao Fundo até o momento


A liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros, na safra 2020, chegou a R$ 1,523 bilhão até ontem, 6 de agosto. A informação foi apurada pelo Conselho Nacional do Café (CNC) junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


O montante liberado às instituições representa 37,2% do total contratado por bancos e cooperativas de crédito junto ao Fundo no ciclo cafeeiro atual, que soma R$ 4,095 bilhões até o momento. Para a safra 2020, o Funcafé disponibiliza um total de R$ 5,710 bilhões.


Do volume repassado até agora, R$ 706,4 milhões foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 30,7% do disponibilizado para esta linha; R$ 382,4 milhões para Custeio (23,9%); R$ 243,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café - FAC (21,1%); e R$ 190,9 milhões para Capital de Giro (29,4%).

ASSINATURA DE CONTRATOS

Nesta semana, o banco Banestes assinou contrato com o Ministério da Agricultura para o recebimento de R$ 48,806 milhões do Funcafé. Até o momento, o Fundo disponibiliza R$ 4,095 bilhões a 24 instituições financeiras.



Café brasileiro é exemplo de sustentabilidade para o mundo


País aumentou a produção enquanto reduziu seu parque cafeeiro, quadruplicando a produtividade das lavouras


Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e inovação conduziram a cafeicultura brasileira para o topo do ranking da sustentabilidade mundial. Nas últimas duas décadas, o país saltou de uma produtividade de oito sacas para 32 sacas por hectare.


“Isso foi possível graças aos incentivos à pesquisa e à aplicação dos resultados em campo. Em 1997, o Brasil produziu 18,9 milhões de sacas em uma área de 2,4 milhões de hectares. Neste ano, produziremos cerca de 60 milhões de sacas em um parque cafeeiro de 1,885 milhão de hectares”, compara o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.


Num contexto em que os consumidores mundiais cada vez mais demandam a produção em observância aos aspectos ambiental e social, a preservação do meio ambiente onde a cafeicultura está instalada vem ao encontro dessa ânsia de consumo.


Cabe destacar, ainda, que a atividade cafeeira no Brasil gera 8,4 milhões de empregos ao ano, tendo importante papel social.


“Nesse cenário de pandemia da Covid-19, muitas pessoas perderam seus empregos. E, como cafeicultor e liderança setorial, muito me orgulha ver que a colheita do café possibilitou a recolocação desses cidadãos, que puderam levar comida às mesas de suas famílias, manter a dignidade e, ainda, fomentar os comércios locais”, comenta.


De acordo com o presidente do CNC, esse “push” na geração de empregos nessa época da colheita foi possível em função dos materiais de combate e prevenção ao novo coronavírus que o setor preparou.


“Em parceria com a Emater-MG, lançamos a cartilha ‘Orientações sobre prevenção ao coronavírus durante a colheita do café’, que trouxe recomendações para prevenção e evitar a propagação da Covid-19, permitindo o desenvolvimento dos trabalhos de cata sem impactar a saúde dos envolvidos”, pontua.


Retomando a fala sobre os benefícios dos investimentos em tecnologia, Brasileiro comenta que eles trazem qualidade e confiabilidade também para os levantamentos oficiais de safra.


“Nos últimos cinco anos, colhemos safras médias de 53,5 milhões de sacas, conforme apuração técnica da Conab. Esse volume é crível e inferior a insistentes números especulativos lançados no mercado, sobre safras médias superiores a 60 milhões de sacas no país”, combate.


Aliado a isso, o presidente do CNC recorda que a soma da média de exportações e consumo interno, nesse intervalo de 2016 a 2020, implica déficit de 4,23 milhões de sacas ao ano.


“Nesse ritmo, foram absorvidas mais de 20 milhões de sacas dos estoques nos últimos cinco anos, o que reduziu o volume armazenado para um dos menores níveis na história”, analisa.


Frente a esse cenário, Brasileiro reforça que há equilíbrio entre oferta e demanda no café do país e, aos que apostam em especulações divergentes, correm o risco de serem surpreendidos.


“O mercado é aberto a levantamentos. Contudo, insistir contra números reais fará com que especuladores possam não conseguir resultados positivos. Como representante dos produtores, o CNC sempre se pautará e apontará dados fidedignos para que, assim, o cafeicultor possa se planejar e se blindar com base em cenários seguros”, conclui.



Futuros do café passam por correção no mercado internacional


Preços recuaram após cinco fechamentos positivos em seis sessões. Força do dólar e incertezas quanto ao consumo pressionaram


Os contratos futuros do café passaram por um movimento de correção nos mercados internacionais e fecharam a semana em declínio. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dez/2020, o mais negociado, encerrou a sessão de ontem a US$ 1,1895 por libra-peso, com perdas de 265 pontos. Na ICE Europe, o vencimento nov/2020 recuou US$ 8, negociado a US$ 1.353 por tonelada.


Segundo analistas, essa movimentação era aguardada após as cotações terem subido em cinco dos seis pregões anteriores e foi puxada pela recuperação do dólar e pelos fundamentos que apontam oferta satisfatória e incertezas quanto à demanda em função dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus.


O dólar comercial encerrou a semana valorizado, avançando após a decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, para um novo piso histórico de 2% ao ano. Na sessão de ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 5,3429, acumulando ganhos semanais de 2,4%.


Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o sol deve predominar no Sudeste do Brasil, mas alerta para a possibilidade de geada, na madrugada de hoje para sábado, nos pontos mais elevados do Sul de Minas Gerais e na Serra da Mantiqueira. Para as demais áreas, a previsão é de sol e umidade relativa do ar baixa, em especial no oeste mineiro e na maior parte do Estado de São Paulo.


No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que negócios foram realizados nos picos de preço, mas, com o forte recuo de ontem, os vendedores se retraíram. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 570,46/saca e R$ 373,04/saca, ainda mantendo-se positivos em relação à semana passada, registrando altas, respectivamente, de 1,6% e 2,5%.



bottom of page