top of page

BALANÇO SEMANAL CNC — 17 a 21/08/2020

Alerta Inmet: frio e chuva chegam ao cinturão cafeeiro de MG e ES

Todo Espírito Santo e regiões Sul, Zona da Mata e Cerrado Mineiro recebem precipitações no fim desta e início da próxima semana


Com a frente fria chegando ao Estado de Minas Gerais, ocorrerão chuvas significativas no Sul e na Zona da Mata e, com menor intensidade, no Cerrado Mineiro durante este final de semana. Também há previsão para precipitações expressivas no Espírito Santo no final desta e no início da semana que vem.


As informações foram passadas pelo meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Francisco de Assis, para o "Alerta Inmet" emitido nesta sexta-feira, 21 de agosto, como ação dos acordos de cooperação firmados pelo Conselho Nacional do Café (CNC) com a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e o próprio organismo meteorológico.


Em relação ao frio, Assis aponta que as temperaturas devem começar a cair, no início da próxima semana, nas regiões Sul, Sudeste e Zona da Mata de Minas, podendo chegar aos valores mais baixos no dia 25 de agosto, que devem ficar em torno de: 2o C em Poços de Caldas; 4o C em Passa Quatro; 5o C em Varginha, São Lourenço e Patrocínio; 6o C em Passos e Alfenas; e 7o C em Machado.


ACORDOS DE COOPERAÇÃO O “Alerta Inmet” integra as iniciativas dos acordos de cooperação que o CNC firmou com a Asbraer e o Instituto Nacional de Meteorologia, os quais, além de aperfeiçoar os serviços de assistência técnica e extensão rural e promover a implantação de novos métodos ou processos de trabalho, também traz informações relevantes a produtores, cooperativas e associações da cafeicultura brasileira para planejar, desenvolver e otimizar a produção e a renda.

Agro realiza debates sobre impactos da reforma tributária

Setor entende que propostas atuais oneram sobremaneira o agronegócio e retira competitividade e renda de todos os segmentos

Com Governo e Congresso Nacional dando andamento às negociações para a reforma tributária, o setor do agro vem se mobilizando para apresentar suas considerações, pois entende que as diretrizes das atuais três propostas – PEC 45/2019 da Câmara, PEC 110/2019 do Senado e o Projeto de Lei 3.887/2020 – são prejudiciais e oneram o segmento.


Na terça-feira, 18, o Conselho Nacional do Café (CNC) participou de dois debates virtuais sobre a reforma no âmbito do Conselho do Agro e no da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CNA).


Para o presidente do CNC, Silas Brasileiro, vivemos um momento sensível para a realização da reforma tributária. “A pandemia do novo coronavírus resultou em queda drástica da arrecadação federal nos últimos meses e qualquer proposta de alteração do sistema tributário, que crie novos impostos, neste momento, deve ser avaliada com critério para não comprometer o desenvolvimento econômico do país”, comenta.


A PEC 45, a mais discutida até o momento, é muito prejudicial para o agro, especialmente para o café. Entre as modificações propostas está a possibilidade de equiparação das pessoas físicas às jurídicas, fazendo com que um enorme contingente de produtores rurais passe a ser tributado pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), submetendo-se à insegurança jurídica do sistema tributário.


“Cerca de 80% dos cafeicultores são de pequeno porte e pessoas físicas, portanto não são contribuintes de PIS, Cofins, IPI e ISS. No entanto, passariam a ser contribuintes do IBS, que engloba esses tributos”, avalia Brasileiro.


O setor também critica o tamanho proposto para a alíquota, de 25% sobre a receita bruta, a maior do mundo para um Imposto sobre Valor Agregado (IVA).


“O café, como outras commodities produzidas e exportadas pelo Brasil, tem seu preço formado em bolsas internacionais e não há possibilidade de transferência do aumento dos custos aos consumidores. Uma alíquota dessa magnitude inviabiliza a cafeicultura brasileira e elimina a competitividade do país, que é líder na produção mundial”, explica.


O presidente do CNC entende que a simplificação do sistema tributário é necessária, mas destaca que o momento atual demanda uma atenção especial à reforma administrativa.


Com pensamento alinhado às demais lideranças do agro nacional, Brasileiro reforça que a reforma tributária tem que ser feita, porém sem impactar o desempenho do setor, que tem entregue bons resultados à economia do país.


“Precisamos de uma reforma que resguarde a segurança jurídica, simplifique o sistema tributário e não onere ainda mais a sociedade e o agronegócio, em especial a cafeicultura, que gera milhões de empregos e divisas a produtores, trabalhadores, comércios regionais e à União”, comenta.


O presidente do CNC fala, ainda, que o setor está se empenhando nas relações institucionais e parlamentares para que consiga convencer deputados, senadores e membros do Governo.


“É fundamental que os produtores rurais comuniquem aos seus representantes no Congresso Nacional que a reforma tributária, nos moldes propostos, inviabiliza a atividade. Não é saudável impor tributos excessivos à população, principalmente ao agro, que vem sendo o fiel da balança comercial há tantos anos. Temos a expectativa que, com diálogo e fundamentação técnica, chegaremos a um consenso com nossos parlamentares para a definição da melhor reforma possível”, conclui.

Mesmo com realização de lucros, café acumula alta

Ganhos no início da semana foram puxados pela queda nos estoques e por compras de fundos de investimento


Os contratos futuros do café subiram no mercado internacional no acumulado da semana, puxados pela redução dos estoques na ICE Futures US e por compras de fundos de investimento na segunda e na terça-feira. Anteontem e ontem, contudo, houve movimento de realização técnica que, aliado à recuperação do dólar, mitigou os ganhos.


Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/2020 encerrou a quinta-feira a US$ 1,1895 por libra-peso, registrando ganhos de 250 pontos. Na ICE Europe, o vencimento novembro/2020 subiu apenas US$ 1, finalizando a sessão de ontem a US$ 1.385 por tonelada.


Em movimento de recuperação, o dólar comercial fechou o pregão de quinta-feira a R$ 5,554, acumulando valorização semanal de 2,3%. Mesmo com intervenções do Banco Central, a moeda norte-americana teve alta volatilidade.


Corretores afirmaram que a oscilação só diminuiu ontem pela tarde, com a expectativa de que a Câmara dos Deputados mantivesse o veto da Presidência da República sobre o aumento do salário do servidorismo público, o que foi confirmado na sequência.


Em relação ao clima, com a frente fria chegando a Minas Gerais, ocorrerão chuvas significativas no Sul e na Zona da Mata e, com menor intensidade, no Cerrado Mineiro durante o fim de semana. "Também há previsão para precipitações expressivas no Espírito Santo no final desta e no início da semana que vem", informa o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


O serviço aponta, ainda, que as temperaturas passam a cair no início da próxima semana e que devem chegar aos níveis mais baixos no dia 25 de agosto.


No mercado físico, apesar da realização de alguns negócios, a maioria dos vendedores permaneceu retraída, voltando sua atenção para a aproximação de uma nova frente fria no cinturão produtor do Brasil.


Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 583,29/saca e R$ 398,74/saca, respectivamente, com ganhos semanais de 4,5% e 3,2%.

bottom of page