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BALANÇO SEMANAL CNC— 31/08 a 04/09/2020

Setor trabalha para evitar aumento de impostos na cafeicultura

CNC e CNA demonstram que propostas de reforma tributária existentes elevam custos de produção e tiram rentabilidade

O Conselho Nacional do Café (CNC) tem trabalhado em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para buscar o melhor cenário para a implantação de uma reforma tributária no país, a qual seja justa à população e ao agronegócio.


"Hoje, tramitam três propostas de reforma tributária. A PEC 45, da Câmara; a PEC 110, do Senado; e o Projeto de Lei 3.887, do Governo Federal. Essas proposições divergem entre si, mas trazem uma preocupação em comum, que é o potencial para elevar os impostos que o agro já paga, inclusive o café", explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.


Dessas três propostas, a PEC 45 é a mais debatida até o momento e, como se encontra, trará prejuízos à cafeicultura. A proposta sugere a adoção de uma alíquota única de 25% para todos os bens e serviços, sem a possibilidade de qualquer benefício fiscal, eliminando os auxílios atuais sobre insumos e máquinas, elevando consideravelmente os custos de produção.


"Se a PEC 45 for aprovada como está, ela representará um aumento superior a 20% nos custos de produção da cafeicultura na maior parte do cinturão produtor. A elevação da carga tributária também exigirá mais capital de custeio e implicará perda da rentabilidade. Não podemos tornar o café e o agro, setor que equilibra e sustenta a balança comercial do Brasil nos últimos anos, impraticáveis", comenta Brasileiro.


O presidente do CNC informa que a entidade é favorável a realização de uma reforma tributária no Brasil, mas desde que venha como indutora de oportunidades e empregos e redutora de burocracias, sem aumentar a carga de impostos.


"Temos trabalhado junto ao Congresso e ao Governo Federal para demonstrar que as três propostas existentes penalizam a população e o agronegócio e que não podem ir adiante nesse formato. Estamos realizando alinhamentos com as demais entidades da agropecuária e com parlamentares e governantes para que cheguemos a um texto que possibilite uma reforma justa, equilibrada e sem sobrecargas para o povo e ao agro, em especial o café", explica.


Silas Brasileiro anota, ainda, que é fundamental que cafeicultores e cooperativas de produtores comuniquem, a seus representantes no Congresso Nacional, que a reforma tributária, nos moldes propostos, inviabiliza a atividade.


"Não é saudável criar tributos excessivos à população, principalmente ao agro, que vem sendo o fiel da balança comercial há tantos anos. Temos a expectativa que, com diálogo e fundamentação técnica, chegaremos a um consenso com nossos parlamentares para a definição da melhor reforma possível”, finaliza.

Funcafé: agentes financeiros contratam R$ 4,9 bilhões

Até o momento, 29 instituições financeiras estão autorizadas a receber o recurso para operarem na safra 2020 de café

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou, nesta semana, um contrato com o Itaú Unibanco, credenciando a instituição a operar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2020 de café.


Segundo apuração do Conselho Nacional do Café (CNC), com a assinatura de mais esse contrato, o volume do Funcafé disponível a 29 agentes financeiros chega a R$ 4,920 bilhões, ou 86,16% do total de R$ 5,710 bilhões para o ciclo cafeeiro atual.


Ainda restam três agentes – Santander Brasil (tomou parcialmente os recursos), Citibank e Banco do Brasil – que se credenciaram para assinar os contratos, envolvendo um montante de R$ 790,2 milhões.

LIBERAÇÕES

Também conforme apuração do CNC, a liberação dos recursos do Funcafé aos agentes financeiros, na safra 2020, encontra-se em R$ 1,592 bilhão até o dia 21 de agosto. Do volume repassado até agora, R$ 736,4 milhões foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 32% do disponibilizado para esta linha; R$ 402,4 milhões para Custeio (25,2%); R$ 262,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café - FAC (22,8%); e R$ 190,9 milhões para Capital de Giro (29,4%).

Mendonça de Barros palestrará em AGO do CNC

Economista abordará Impactos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira em 2020, perspectivas para 2021, reflexos na cadeia produtiva do café no financiamento do setor e também nos grãos

O economista José Roberto Mendonça de Barros ministrará, no dia 10 de setembro, uma palestra na Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Café (CNC), que será realizada em plataforma virtual em decorrência das medidas preventivas contra o novo coronavírus.


O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda abordará os “Impactos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira em 2020 e as perspectivas para 2021”.


Dentro desse contexto, Mendonça de Barros mencionará, ainda, os reflexos causados na cadeia produtiva do café, no financiamento do setor e também no segmento de grãos.


Economista, com Doutorado em Economia pela USP e Pós-Doutorado no Economic Growth Center, Yale University (USA), Mendonça de Barros também foi secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República, professor da USP, desenvolvedor e estruturador do Projeto do Novo Mercado para a BOVESPA e teve destacada atuação, entre 1995 e 1998, na estruturação do Funcafé.


Atualmente, é membro do Conselho Consultivo da Usinas Itamarati, do Scotiabank e da Associação Sociedade de Cultura Artística, diretor presidente da Fundação Adib Jatene, articulista do jornal O Estado de São Paulo e colunista da Rádio BandNews FM.


Setor realizará live sobre controle de pureza do café

Monitoramento contribuiu substancialmente para a melhoria da qualidade do produto e o aumento do consumo

Atendendo a uma solicitação da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), com intuito de estimular a sinergia entre os segmentos da cadeia produtiva, o Conselho Nacional do Café (CNC) reforçou um convite à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, para participar, ainda neste mês, de uma live que abordará o controle de pureza do café no Brasil, fato que, desde 1989, contribuiu substancialmente para a melhoria da qualidade do produto e, consequentemente, o aumento do consumo.


"A indústria é uma parceira valiosa dos cafeicultores devido a seu trabalho permanente de promoção do consumo doméstico da bebida e garantia de mercado para absorção dos volumes produzidos nas propriedades rurais. O CNC, como representante dos produtores, sempre apoiará iniciativas nesse sentido, que visem ao fomento da cafeicultura brasileira como um todo", explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.


A live, que abordará o "Programa Permanente de Controle da Pureza do Café", será coordenada pela Abic e ocorrerá em plataforma digital, pela internet. Data, horário e mais informações serão disponibilizados assim que houver o ajuste com a agenda da ministra.

Cocatrel amplia capacidade de armazenamento de café

Cooperativa associada ao CNC inaugurou novos silos, com capacidade para estocagem de 80 mil sacas, na unidade de Nepomuceno (MG)


Na quarta-feira, 2 de setembro, a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), entidade associada ao Conselho Nacional do Café (CNC), inaugurou oito novos silos para armazenamento de café, em sua unidade de Nepomuceno (MG), que possuem capacidade para o armazenamento 80 mil sacas de café.


"O investimento realizado vem ao encontro do princípio cooperativista e da gestão da Cocatrel, que sempre visa atender aos cooperados e à população com máxima eficiência. A iniciativa também reforça a intensa atuação em Nepomuceno, onde, nos últimos meses, abriu nova cafeteria, ampliou o armazém, que passou a ter capacidade total para recebimento de 200 mil sacas, e inaugurou usina fotovoltaica, a qual tornou a Cooperativa autossustentável em relação a geração e consumo de energia", enaltece o presidente do CNC, Silas Brasileiro.


Apesar de correções, futuros do café sobem na semana

Preços foram puxados por fatores técnicos e desvalorização do dólar, o que motivou os fundos a defenderem posição comprada

Apesar de leves correções ocorridas na quarta e na quinta-feira, os contratos futuros do café acumularam alta nos mercados internacionais, sendo puxados por fatores técnicos e desvalorização do dólar, o que motivou os fundos de investimento a defenderem sua posição comprada.


Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/2020 encerrou o pregão de ontem a US$ 1,3120 por libra-peso, registrando ganhos de 485 pontos sobre a sexta-feira passada. Na ICE Europe, o vencimento novembro/2020 avançou US$ 7 no mesmo intervalo, ficando cotado a US$ 1.436 por tonelada.


Ontem, o dólar comercial caiu pela terceira vez seguida ante o real, pressionado pelo sentimento de otimismo devido à apresentação da reforma administrativa no Congresso e ao forte crescimento da produção industrial no Brasil. A divisa encerrou a sessão a R$ 5,2906, com perdas semanais de 2,3%.


Os atores do mercado também têm voltado sua atenção ao clima no Brasil, onde algumas áreas do cinturão produtor já registraram floradas, que só vingarão se houver chuvas volumosas.


Contudo, segundo a Somar Meteorologia, o fim de semana e o feriado do Dia da Independência, na segunda-feira (7), serão marcados por sol e calor em quase todo o Sudeste, exceto no litoral de São Paulo e em áreas da Costa Verde no Rio de Janeiro, que possuem condição de chuva fraca e garoa.


No mercado interno, após registrar novo recorde nominal de R$ 610,57/saca na segunda-feira (31/08), o indicador do café arábica passou a recuar, puxando também os preços do café robusta. Segundo pesquisadores, as cotações caíram devido à queda do dólar em relação ao real, o que manteve os agentes retraídos e o mercado calmo.


Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 599,29/saca e R$ 401,08/saca, apresentando, respectivamente, desvalorizações de 0,7% e 2,1%.



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