top of page

Plano Safra e Funcafé: momento de atenção e estratégia para o cafeicultor brasileiro

  • Foto do escritor: SILAS BRASILEIRO
    SILAS BRASILEIRO
  • 2 de jul.
  • 5 min de leitura

Anunciado pelo Governo Federal nesta terça-feira (01), o Plano Safra 2025/2026 disponibilizará R$ 605,2 bilhões em crédito rural para a agricultura brasileira, contemplando tanto médios e grandes produtores quanto a agricultura familiar. Desse total, R$ 516,2 bilhões serão destinados à Agricultura Empresarial, enquanto R$ 89 bilhões contemplarão ações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e outras políticas complementares, como compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica e garantia de preços mínimos.


Na Agricultura Empresarial, os recursos tiveram um acréscimo de R$ 8 bilhões em relação à temporada anterior, com aumento de 1,5% sobre os R$ 508,5 bilhões liberados em 2024/2025. As taxas de juros das linhas de crédito foram reajustadas, com elevação de até dois pontos percentuais. Para médios produtores, o custeio terá juros de 10% ao ano; para os grandes, a taxa será de 14%. Os financiamentos para investimento terão juros entre 8,5% e 13,5% ao ano.


No âmbito da agricultura familiar, o valor destinado é recorde e supera os R$ 76 bilhões da safra anterior. Do total anunciado, R$ 78,2 bilhões são voltados diretamente ao Pronaf, que em 2025 comemora 30 anos de contribuição para o fortalecimento da agricultura familiar no país. Ainda existe indefinição quanto ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), já que o governo promoveu um congelamento de R$ 445 milhões até definição de novos mecanismos de aporte.


Representando a iniciativa privada do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) marcaram presença no evento de lançamento do Plano Safra, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Pavel Cardoso.  


Durante a cerimônia o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou que além dos recursos disponibilizados pelo Plano Safra, a cafeicultura ainda terá R$7,187 bilhões de reais oferecidos pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). “A cafeicultura está voltando aos seus tempos áureos no Brasil e no mundo através do recorde de mais de R$ 7 bilhões de reais investidos pelo Funcafé”, destacou.


Fávaro aproveitou para reiterar a publicação da Portaria nº 811 do MAPA, realizada também nesta terça-feira, que marca a inclusão do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) como um dos representantes do governo no CDPC, ressaltando também a inclusão inédita dos produtores do Pronaf e do Pronamp entre os beneficiários do Funcafé.


“O acesso dos pronafianos e pronampianos ao Funcafé, independente de ele já ter acesso ao Plano Safra, amplia as opções de crédito ao produtor de café. Isso serve para estimular os pequenos produtores dessa cultura tão importante, que tem renda no campo, tira as desigualdades e que gera oportunidades”, explicou o Ministro.


Silas Brasileiro elogiou o trabalho do Ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa no processo de planejamento e execução do Plano Safra 2025/2026. “Temos que destacar o trabalho profícuo e comprometido do Ministro Fávaro, que tem demonstrado sensibilidade, visão estratégica e firmeza na condução das políticas agrícolas do país. Sua atuação tem sido importante para garantir avanços concretos ao setor produtivo, em especial da cafeicultura. Da mesma forma, é preciso reconhecer a competência técnica e o empenho incansável de toda a equipe do Mapa, em especial do Secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, do Secretário-Adjunto, Wilson Vaz de Araújo, que têm se dedicado com seriedade, diálogo e profundo conhecimento do setor para assegurar que os recursos cheguem de forma eficiente aos produtores. Entendemos os inúmeros desafios enfrentados diante do atual cenário econômico, mas com responsabilidade, organização e espírito público, mais uma vez foi possível entregar um Plano Safra robusto, abrangente e histórico para a agropecuária brasileira.”


Análise do CNC

Com o recente anúncio do Plano Safra 2025/2026 e após a publicação das diretrizes pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o produtor de café, que neste momento enfrenta a fase crítica de gastos da atual safra, poderá finalmente acessar os recursos do Funcafé. Isso possibilitará a cobertura dos custos com a colheita e o cumprimento dos compromissos assumidos, especialmente aqueles relacionados à compra de insumos.


Essa condição permite ao produtor melhor planejamento para aproveitar os momentos mais favoráveis do mercado. A orientação que o CNC sempre reiterou — e que mais uma vez se mostra oportuna — é que o cafeicultor disponibilize sua produção de forma gradual. Essa estratégia evita pressões de oferta nos períodos iniciais da comercialização e permite melhor aproveitamento das oscilações positivas de preço.

As avaliações da safra 2024/2025 indicam uma produção em torno de 60 milhões de sacas de 60 kg, conforme já divulgado pelo CNC. Esse número é consistente com os dados colhidos até o momento e reforça um cenário que também é impactado pelo baixo volume dos estoques de passagem — o menor dos últimos anos. Essa realidade tem grande relevância, especialmente quando observamos o corte técnico realizado em 31 de março de cada ano, que norteia as estatísticas oficiais.


Outro fator a ser considerado é o comportamento das exportações em 2024. O volume exportado supriu parte importante da demanda dos países importadores, por meio de traders ou pelas próprias redes de cafeterias. Esse suprimento prévio tem levado esses mercados a consumirem seus estoques, aguardando o recebimento das novas safras dos principais países produtores para então retomar o ritmo normal de importações.


Nesse contexto, cabe a cada produtor, individualmente, avaliar sua realidade e o momento mais adequado para comercializar seu café. Opiniões de analistas como as recentemente observadas — ora com registros de falta de chuva no enchimento dos frutos, ora com normalização das precipitações — podem gerar dúvidas e interpretações divergentes. No entanto, cada cafeicultor conhece sua lavoura e pode analisar, com base em sua experiência, o real impacto do clima na produção atual.


O que os analistas têm apontado de forma unânime é que os estoques de passagem dos últimos quatro anos estão entre os mais baixos da história da cafeicultura brasileira. Esse é um fator que deve ser considerado com atenção estratégica pelos produtores, na busca por melhor posicionamento no mercado e valorização da renda na ponta.


Neste cenário, reafirmamos o compromisso do CNC de continuar trabalhando ao lado das cooperativas e dos produtores, promovendo o fortalecimento do setor e buscando melhores condições de acesso ao crédito, sustentabilidade econômica e segurança na comercialização da produção.


“Informamos, ainda, que as providências adotadas com competência pelo Departamento do Café do MAPA estão viabilizando o rápido credenciamento de praticamente todos os agentes financeiros para operarem com os recursos do Funcafé, tão logo seja publicado o voto do CMN definindo as taxas de juros do Fundo. Como de costume, o diretor de Comercialização, José Maria dos Anjos, e a coordenadora-geral do Café, Janaína Macedo, juntamente com suas respectivas equipes, têm realizado um trabalho extraordinário e digno de reconhecimento”, finalizou Silas Brasileiro.


Mais informações para a imprensa

Assessoria de Comunicação

(61) 99999-1570

 
 
 

Commentaires


Les commentaires sur ce post ne sont plus acceptés. Contactez le propriétaire pour plus d'informations.
  • Flickr - Black Circle
  • Instagram - Black Circle
  • LinkedIn - Black Circle
  • Facebook - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
  • Google+ - Black Circle
bottom of page