EUDR: audiência na Embaixada da União Europeia demonstra união do setor cafeeiro brasileiro
Nesta quinta-feira (04), a Embaixada da Delegação Europeia em Brasília foi palco de uma importante audiência que reuniu representantes do governo, cooperativas, entidades da iniciativa privada e a Delegação da União Europeia no Brasil. O encontro, liderado pela Embaixadora Marian Schuegraf, contou com a participação de diversas autoridades e líderes do setor cafeeiro, discutindo temas fundamentais para a cafeicultura brasileira.
Representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estiveram presentes, Wilson Vaz de Araujo (secretário de Política Agrícola), Sílvio Farnese (diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas), José Maria dos Anjos (diretor de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola). Em nome do Conselho Nacional do Café (CNC), marcaram presença, Silas Brasileiro (presidente), Marcia Chiarello (secretária executiva) e Luiza Mantiça Kreimeier (assessora técnica). O Cecafé foi representado por Márcio Cândido Ferreira (presidente). Pela Cocatrel, Jacques Fagundes Miari (presidente), pela Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo (presidente), Natalia Fernandes Carr (gerente ESG), Jorge Florêncio Ribeiro Neto (diretor de marketing e comunicação), pela Minasul, José Marcos Rafael Magalhães (presidente), pela Coagril, Danilo Gatto (presidente). Representando o Sicoob, Luciano Ribeiro Machado (superintendente comercial), a Abics, Aguinaldo José de Lima (diretor de Relações Institucionais), a Abic, Pavel Cardoso (presidente) e Celírio Inácio (diretor executivo).
Laurent Javaudin, Maurizuo Celllini e David também participaram da audiência representando a embaixada.
A razão da audiência foi uma solicitação do Governo e da cadeia café para discutir a legislação europeia com a imposição do Regulamento Europeu (EUDR), no sentido de que a embaixadora leve a mensagem do Brasil como um produtor de café sustentável, visto ser ela indicada pela Comissária Europeia para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, para receber os representantes do setor cafeeiro brasileiro, os quais foram acompanhados pelo Secretário de Política Agrícola do MAPA, Wilson Vaz de Araújo, pelo Secretário Sílvio Farnese e pelo Diretor José Maria dos Anjos.
Na abertura, a embaixadora demonstrou todo o interesse em transmitir a manifestação dos representantes do Brasil para as esferas superiores, visto o interesse que o mercado europeu tem na cafeicultura do país, como um grande fornecedor para seu abastecimento.
Em seguida, o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, agradeceu a embaixadora e a sua delegação pela audiência e deixou marcado que esse momento era para que as entidades manifestassem que o Brasil está preparado para a implantação da legislação europeia, no entanto, que o país precisa conhecer como serão as regras de verificação, que até hoje não foram sequer publicadas, se é que elas já estão preparadas. Isto posto, coordenou a reunião passando então à parte prática com a manifestação dos presentes.
Márcio Cândido, presidente do Cecafé, abordou o Regulamento Europeu “EUDR” e as diretivas “CS3D, EUFLR, Plataforma Serasa Experian”, que tratam de questões regulatórias e de compliance, fundamentais para o acesso ao mercado europeu em atendimento às novas legislações.
Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, falou sobre a remuneração justa dos produtores, destacando a importância de garantir uma renda mínima, digna e próspera como um direito humano essencial, convidando a senhora embaixadora a conhecer uma cooperativa de produção no Brasil, disponibilizando a Cooxupé, para receber a visita de Marian Schuegraf, ou outra cooperativa que possa ser mais conveniente para ela.
Devido o interesse da embaixadora em conhecer o projeto Café Produtor de Água, foi feita a apresentação do programa por Natalia Fernandes Carr, gerente ESG da Cooxupé, demostrando a iniciativa de sustentabilidade que visa a conservação dos recursos hídricos nas regiões produtoras de café. Ela destacou que o Brasil tem diversas iniciativas de sustentabilidade e investir nos produtores, apoiando-os, é garantir o café sustentável para o mercado.
A embaixadora elogiou a busca que o setor tem em promover boas práticas agrícolas e a preocupação da cadeia cafeeira com a valorização do produtor.
José Marcos Rafael Magalhães, da Minasul, destacou a necessidade de preços e práticas de compra mais transparentes pelo mercado, enquanto Luciano Ribeiro Machado, do Sicoob, falou sobre a contribuição do sistema cooperativo para a disponibilidade de recursos financeiros para a atividade cafeeira no Brasil.
Pelas entidades que compõem o Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), se manifestaram Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abic, e Pavel Cardoso, presidente da Abics.
Encerrando o encontro, o presidente do CNC, agradeceu a senhora embaixadora e demais representantes da União Europeia, destacando a transparência e a colaboração contínua para garantir a sustentabilidade e a prosperidade do setor, reforçando a importância do Brasil no contexto mundial por ser um produtor sustentável. Ele demostrou para a embaixadora que não deve haver nenhuma preocupação com relação a áreas desmatadas para o cultivo de café, muito menos com relação ao social, já que o Brasil é o único país que tem uma legislação ambiental e trabalhista, sendo um player confiável, mantendo o posto de maior produtor e exportador de café mundial e o segundo maior consumidor.
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